domingo, 18 de março de 2018

Salém - 1692

                                                      Imagem meramente ilustrativa

Em 1692 uma onda cristã espalhou a ideia de que o demônio estava solto em Salem, fazendo acordo com bruxas em troca da lealdade dessas mulheres. Um pouco antes, em 1689, ingleses e franceses disputavam território em colônias norte-americanas na chamada Guerra dos Nove Anos ou, ainda, Guerra do Rei William.
O conflito deixou grandes estragos no norte do estado de Nova York, nos EUA, e em Nova Escócia e Quebec, no Canadá. Como é de se esperar em casos de guerra, muitos refugiados procuraram abrigo em outras cidades, sendo que várias pessoas foram para a então Salém Village, hoje Salém.
A chegada dos refugiados abalou a economia local, aumentando ainda mais a rivalidade entre as famílias ricas da cidade e as que dependiam da agricultura. Na época, o primeiro ministro de Salém Village era Samuel Parris, conhecido por ser rígido e ganancioso.
Pulando para janeiro de 1962, chegamos ao momento em que tanto a filha de Parris, Elizabeth com 9 anos, quanto a sobrinha dele, Abigail Williams, de 11 anos, começaram a apresentar comportamentos estranhos. As meninas se contorciam, gritavam, arremessavam objetos, faziam sons bizarros e, por causa disso, foram examinadas por um médico.
O veredito do especialista? Eventos sobrenaturais, é claro. Na mesma época, outra criança, Ann Putnam, de 11 anos de idade, teve os mesmos sintomas que as garotas avaliadas pelo médico. Pressionadas por Jonathan Corwin e John Hathorne, magistrados, as garotas acabaram acusando três mulheres de bruxaria: Tituba, que era escrava de Parris; Sarah Good, uma moradora de rua; e Sarah Osborne, uma idosa pobre.
Imagem meramente ilustrativa

Então em 1692  Começa a caça às bruxas de Salém, No vilarejo de Salém, ao norte de Boston, na colônia de Massachusetts Bay, Nova Inglaterra, Sarah Goode, Sarah Osborne e Tituba, uma escrava indígena de Barbados, foram acusadas em 1º de março de 1692 de prática ilegal de feitiçaria. Naquele mesmo dia, Tituba, possivelmente debaixo de coerção, confessou o crime, encorajando as autoridades a iniciar uma caça às bruxas de Salém. A onda de intolerância e fanatismo religioso que se seguiu vitimou no início quase 20 pessoas.
Tituba foi a única a dizer que tinha feito um pacto com o demônio, afirmando ter assinado um livro e garantindo que mais bruxas estavam espalhadas por Salem, com o objetivo de acabar com os puritanos. As declarações de Tituba causaram furor em toda a cidade. Ao mesmo tempo, outra acusada de bruxaria, Martha Corey, causou ainda mais pânico. O motivo? Ela era cristã e participava ativamente da igreja local, ou seja: "se até ela era uma bruxa, qualquer uma poderia ser". Em abril do mesmo ano, os tribunais de Salém julgavam dezenas de acusadas de bruxaria – nessa época até mesmo a filha de Sarah Good, uma garotinha de apenas 4 anos de idade, serviu como testemunha.
Os problemas na pequena comunidade puritana começaram a se agravar quando Elizabeth Parris de 9 anos e Abigail Williams de 11 anos, filha e sobrinha, respectivamente, do reverendo Samuel Parris, passaram a sofrer ataques e outras misteriosas doenças. Um doutor concluiu um diagnóstico médico que as meninas estavam sofrendo os efeitos de bruxarias. 
Com o encorajamento de muitos adultos da comunidade, as jovenzinhas, às quais se juntaram prontamente outros “aflitos” residentes de Salém, acusaram um amplo círculo de habitantes locais de prática de feitiçaria, a maioria mulheres de meia-idade, mas também diversos homens. Durante os meses que se seguiram, atormentados moradores daquela área incriminaram mais de 150 mulheres e homens do vilarejo de Salém e zonas circunvizinhas de práticas satânicas.



                                
                                  Enforquem as bruxas!

Imagens meramente ilustrativas

O número de acusadas não parava de crescer e, no dia 27 de maio de 1692, o governador William Phipps criou um tribunal especialmente para os casos de bruxaria.
Em junho do mesmo ano a Corte Especial de Oyer, para as “audiências” e a Corte de Terminer, para as “decisões”, reuniram-se em Salem sob a presidência do juiz William Stoughton para julgar os acusados. A primeira a ser julgada foi Bridget Bishop de Salem, considerada culpada e executada na forca em 10 de junho. Treze outras mulheres e quarto homens de todas as idades foram também conduzidos ao patíbulo e um homem, Giles Corey, foi executado por esmagamento.
 A maioria dos submetidos a julgamento foram condenados com base no comportamento das próprias testemunhas durante os procedimentos judiciais, caracterizado por ataques e alucinações que alegavam estar sendo causados pelos acusados.naquele mesmo momento.
Nesse período, mais de 200 mulheres foram acusadas de praticar bruxaria e realizar pactos com o demônio... Ainda assim, o estrago já tinha sido feito. Ao todo, 19 mulheres foram enforcadas, diversas morreram na prisão e um homem de 71 anos foi morto a pedradas.



                                  Fim dos julgamentos 

Imagem meramente ilustrativa

Em outubro de 1692, o governador William Phipps de Massachusetts ordenou que as Cortes de Oyer e Terminer fossem dissolvidas e substituídas pela Corte Superior de Judicatura que proibiu esse tipo de testemunho sensacionalista nos julgamentos subsequentes.
As execuções cessaram e a Corte Superior finalmente libertou todos os acusados que aguardavam julgamento e indultou aqueles sentenciados à pena de morte.
Depois de algum tempo, o governo admitiu que matar essas mulheres foi um engano e até buscou maneiras de recompensar as famílias das vítimas, Com o fim das acusações, dos julgamentos, das prisões e das sentenças logo começou a série de declarações de pessoas como o juiz Samuel Sewall, que pediu perdão publicamente por ter errado em seus julgamentos. No dia 14 de janeiro de 1697, o Tribunal Geral de Salém promoveu um dia de jejum em respeito às almas das mulheres condenadas.



Retratações e repercussões
Em 1711, as famílias das vítimas receberam 600 libras como forma de indenização, mas o estado de Massachusetts só se desculpou formalmente pela atrocidade em 1957, 250 anos após os enforcamentos.
A história triste de Salem acabou servindo de inspiração para artistas e pesquisadores – um artigo publicado em 1976 pela psicóloga Linnda Caporael afirmava que o comportamento estranho das crianças, avaliado como uma atividade paranormal pelo médico que as examinou, era, na verdade, resultado de uma contaminação por um tipo de fungo encontrado em centeio, trigos e outros cereais, já que o contágio por esse tipo de fungo pode causar vômito, contrações musculares e alucinações.
Atualmente, a atração mais visitada da cidade é justamente o Museu das Bruxas de Salem, que exibe documentos da época em cenários idênticos aos tribunais que julgavam as mulheres de então. O lugar é conhecido também por explorar o universo das bruxas ao longo da História.

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wikipedia  ←
O medo da bruxaria começou quando uma escrava negra chamada Tituba contou algumas histórias vudus (religião tradicional da África Ocidental) a amigas, que, por esse pacto, tiveram pesadelos. Um médico que foi chamado para as examinar declarou que as moças deveriam estar "embruxadas". Os julgamentos de Tituba e de outras foram realizados perante o juiz Samuel SewallCotton Mather, um pregador colonial que acreditava em bruxaria, encarregou-se das acusações. O medo da bruxaria durou cerca de um ano, durante o qual vinte pessoas, na sua maioria mulheres, foram declaradas culpadas de realizar bruxaria e executadas. Um dos homens, Giles Corey, morreu de acordo com o bárbaro costume medieval de comprimir a vítima por rochas, com uma tábua sobre o seu corpo, até sua morte ao fim de 3 dias. Foram presas cerca de cento e cinquenta pessoas. Mais tarde, o juiz Sewall confessou que as suas sentenças haviam sido um erro. Há suspeitas de que foram intoxicadas pelo consumo do esporão-de-centeio, um fungo que se extrai alcaloides na produção de produtos medicinais incluindo o LSD.

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